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Perguntas e respostas de amor

Pergunta: Por que os homens gostam de ser desprezados?

Olá,

A questão é a seguinte: Por que os homens, na grande maioria, gostam de ser desprezados? Conheci um rapaz e normalmente me comunicava com ele todos os dias. Falamos de diversos assuntos inclusive de sexo, e percebi que depois de conhecê-lo pessoalmente, apesar de ter tido interesse por ele, resolvi que não ligaria e foi que fiz depois de algum tempo. Ele tem se mostrado com ciúmes, mas como não quer nada sério eu continuo a desprezá-lo. Agora ele está me convidando para vê-lo tocar.

Agora será que o meu desprezo o tocou? Na verdade eu até queria ter algo com ele, só não sei se ainda continuo o tal jogo.

Obrigada!

Resposta: Olá!

Você começa seu e-mail com uma pergunta que explicita uma certeza. Não estou tão certa assim de que os homens gostem de ser desprezados. Acredito que tenha interpretado de forma distorcida algo que tenha observado no comportamento dos homens.

Na verdade, as pessoas, em geral, não gostam de ser controladas nem exigidas a fazer aquilo que não estão com vontade de fazer. Algumas vezes elas cedem, exatamente para agradar o ser amado, mas não gostam de abuso nem de manipulações. Quando uma mulher mostra que não é grudenta, que tem sua vida pessoal e que não vai entrar em depressão se não sair com o namorado nos fins de semana ou em todos os feriados, ela se torna especial para ele. Tem vida própria, não é qualquer mulherzinha dependente que se sente um zero à esquerda porque não tem uma companhia ou um companheiro masculino. Depois, não se esqueça, todos tem problemas existenciais e isso que você chama de jogo pode perfeitamente ser uma verdadeira maneira de ver a vida.

Parece que, no momento, ele está confiando mais em você, convencido de que não é a mulher grudenta e cobradora que o aborrece e que ele não quer ver nem de longe. Provavelmente ele não se sentiu desprezado mas respeitado. Abraços, Thaïs

Respondido por

Dra. Thais Oliveira Psicanalista

36 anos de prática psicanalítica e 8 anos com grupos terapêuticos mistos em consultório particular; 6 anos de experiência com grupos de discussão; Formação em psicologia na PUC-Rio; Especialização em Psicologia Clínica, Formação psicanalítica e em Grupoterapia na Soc. de Psicanálise Iracy Doyle, Rio.