Pergunta: Amor-Loucura ou corno!
Gostaria de sua Opinião
Tenho 37 anos casei-me aos 23, simplesmente tinha loucura por minha esposa eu a desejava demais, mas brigávamos muito antes de casar, um dos motivos era sexo, pois era proibido até então. Por ser uma pessoa muita ligada à família, todo dia saía do trabalho e ia para a casa da mãe chegando em casa por volta das 20:30 sempre evitando assim fazer uma jantar ou almoço, alegando que não tinha tempo. Sempre curti muito ficar só com a penso que gosto! Passei anos esperando ter uma verdadeira mulher na cama, uma companheira, mas ela evitava todas as situações.
Depois de muito tempo tivemos uma conversa franca e me confessou que não sentia prazer algum com sexo. Tentei de varias formas ajuda-la indo a psicólogos, sexólogos, psiquiatras. Chego até pensar que ela tem esquizofrenia que nem seu pai, devido as mudanças de comportamento. Depois de anos de rejeição sexual perdi a cabeça e um dia chamei sua mãe e a toquei de casa, e falei para ela procurar seus direito, pois queria me separar. Passamos três meses nesta situação! Então ela começou a me ligar, fazendo promessas que ia melhor e que sabia que estava errada, como gostava dela acabei cedendo e fomos morar juntos novamente, o que não durou muito, voltando todos os problemas. Hoje estamos separados novamente, às vezes damos uma saída e ela hoje em algumas relações sexuais sente muito prazer e em algumas não. Não consigo entender, fala que sou um homem bonito em outra diz que sou um chato que não dá para agüentar.
Manda-me freqüentemente achar outra para me satisfazer, mas ainda não consegui me libertar dela! Será que sou um trouxa que não esta percebendo alguma coisa? O que devo fazer largar mão de vez desta loucura? Será que estou ficando maluco em aceitar uma situação dessas?
Resposta:
Olá!
Vamos dizer que por se conhecer pouco não tem condições de captar bem o outro. Ademais aceitou o casamento no escuro em vários aspectos, sobretudo o sexual. É interessante o paradoxo social pois, se de um lado, declara a pessoa madura para se casar, por outro, a mantém numa condição de tutelada até o momento de colocar a aliança no dedo.
Veja em que bases pouco sólidas as famílias se constituem. Você casou com uma moça que era proibida de (não importa o quê), que sai do trabalho e vai para a casa dos pais, mostrando dependência e desinteresse pela nova família (ela e você). Depois espera que ela pense e se comporte como "uma verdadeira mulher, uma companheira..." (sic). Será que se deu o trabalho de verificar de que forma foi educada? Será que investiu numa garantia de fidelidade eterna por ela ser a chamada "moça de família"? Fixado no proibido, esqueceu-se talvez de ir mais fundo, sondando de que núcleo familiar vinha sua companheira para a vida. Se ela seguia as orientações dos pais teria sido fácil saber com quem estava se casando; era só fazer uma observação crítica do que eles pensavam da vida, quais eram os valores e princípios deles, se eram pessoas que realmente se amavam etc.
Se sua mulher mostrou-se reprimida sexualmente, a responsabilidade disso está em quem a educou e nela mesma que não se rebelou contra princípios ultrapassados. A família colocou na virgindade a garantia de que ela iria se casar. Mas teria que ser com um homem como você, que também se submeteu à situação estabelecida. Como coisa proibida, não é de se estranhar que ela só chegue ao prazer fora do instituído, isto é, do casamento. Transar com você infringindo o desejo dos pais (sem ser sua esposa): aí sim, tudo se torna permitido e possível. Se ela não for procurar uma análise, tenderá a procurar esse prazer fora do casamento. Talvez ela esteja com você porque a família decidiu que uma vez casada, tem que continuar casada.
Descasada, pode se tornar, quem sabe, uma grande amante. E você, quem sabe, poderá ser o amante dela.
Abraços e felicidades,
Thaïs