Pergunta: Por que só me interesso por homens dominadores?
Tenho 29 anos fui casada com um homem calmo durante 12 anos,
mas não tinha nenhuma atração especial por ele.
Sempre gostei de
homens de persomalidade forte, pois sou assim mas não consigo me
relacionar com eles, e geralmente fico com os calmos mas não gosto
muito da relação. As vezes acho que gostaria de um homem que me
controlase um pouco, pois sou muito independente, dona de mim.
Será
que tenho de pagar este preço?
Gostaria de ajuda
Resposta:
Interessante o fato de opor 'homens dominadores' a 'homens calmos' e
também de considerar 'homens de personalidade forte' como uma espécie de
sinônimo de 'homens dominadores'. Há homens calmos extremamente
dominadores e alguns de personalidade forte que nada têm de dominadores.
Na verdade, não sei o que você chama exatamente de homens de
personalidade forte; talvez, sejam justamente os dominadores!
No seu perfil vc. fala do desejo de ter a seu lado um homem protetor.
Será que também confunde um 'homem protetor' com um que seja dominador?
Pensando nessa independência que diz possuir, no fato de sentir-se dona
de sua vida, me vejo imaginando que talvez tivesse que 'retornar ao
passado', ao modelo de relação que teve com seu pai ou que por acaso
tenha faltado, para compreender o que se passa agora em sua vida adulta.
O fato é que uma menina dentro de você clama por proteção, controle e
tudo mais que isso possa implicar. A liberdade parece ser vivenciada
como algo não conquistado ou que alcançou naturalmente com o correr do
tempo, dando-lhe prazer, mas como prova de que não tem alguém forte a
seu lado que realmente a ame.
Quem sabe está cansada de conduzir sua
vida sozinha, sem compartilhá-la com um parceiro por incapacidade de
confiar? Se não é capaz de se dar (ou de se doar), gostaria pelo menos
que a dominassem e que a forçassem a fazê-lo e que assumissem a
responsabilidade de seus atos por você.
Indico uma psicanálise para que
tenha a oportunidade de conhecer-se melhor e entender o quê a está
deixando enovelada nesse conflito.
Abraços,
Thaïs
