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Perguntas e respostas de amor

Pergunta: vida a dois/SOGRA

É possível uma vida a dois durar?
Tenho sentido atração por outros homens, embora ame muito meu marido. Não temos filhos e a família dele interfere muito na nossa vida. Moramos perto da casa dos pais dele e volta e meia a mãe dele entra na minha casa e troca os móveis de lugar, dá ordens à minha empregada, procura se informar com ela se trato bem de meu marido. Não suporto minha sogra e meu marido é louco por ela. Ele diz que eu devo ser paciente e não ligar. Mas não consigo. O irmão dele é diferente e logo saiu de casa e não admite as intromissões da mãe. Amo meu marido, mas acho ele fraco. Grata.

Resposta: A impressão que me dá é que, atualmente, as pessoas só se dão conta de coisas absolutamente óbvias, que poderiam ter sido vistas antes do casamento, depois de consumada a união. Será que tinha em mente um grande desejo de casar-se e não olhou direito em volta, para descobrir os prós e os contras do passo que estava dando? Por que foi morar junto de seus sogros se a mãe de seu marido é invasiva e não conseguiu ainda aceitar que ele cresceu, fez uma escolha e agora deve ter uma vida própria em que ela não tem o direito de se intrometer? Sugiro a você que, ao invés de cultivar raiva e ressentimento em relação à sua sogra, tente conversar com ela e diga-lhe o que está sentindo com o modo dela agir. Uma conversa franca que talvez cause alguma turbulência, inicialmente, mas pode dar um paradeiro às questões das quais se queixa.
Converse também com seu marido, pois ele está infantilizando a mãe, talvez para se manter infantilizado por ela, assim, como se houvesse um pacto inconsciente entre eles. Você vai ter que funcionar como aquela que corta o cordão umbilical. Evite ser a substituta dela e para isso é preciso tratá-lo como um adulto. Lute por conservar seu casamento ou, se perceber que cometeu um grande erro ao unir-se a um homem com essas características que não aprecia, evite a todo custo ter filhos até estar mais segura de que dá para manter-se, amorosamente, ao lado dele.
Abraços,
Thaïs

Respondido por

Dra. Thais Oliveira Psicanalista

36 anos de prática psicanalítica e 8 anos com grupos terapêuticos mistos em consultório particular; 6 anos de experiência com grupos de discussão; Formação em psicologia na PUC-Rio; Especialização em Psicologia Clínica, Formação psicanalítica e em Grupoterapia na Soc. de Psicanálise Iracy Doyle, Rio.