Resposta: Diz o psicanalista Erich Fromm, num livro muito antigo (A Linguagem Esquecida), que quando conhecemos uma pessoa, captamos alguma coisa imediatamente e que tendemos a não dar atenção a essa primeira impressão, justamente por causa das perguntas que nos fazemos e dos comentários que ouvimos dos outros (Ele chama de "barulho ou ruídos" a esse obstáculo que nos distancia da verdade) .
Lembro que quando li esse livrinho, pensei que seria algo como um sinal instantâneo que cada um possuiria, que teria como objetivo alertar e proteger. O que captamos é muitas vezes "esquecido" (reprimido, negado) pelas boas referências que ouvimos da pessoa, ou, ao contrário, pelas más referências, e perdemos essa espécie de bússola norteadora.
A primeira impressão não deve ser desprezada. Resta saber se essa impressão é realmente a primeira ou algo que já sofreu o efeito da intensidade de nosso desejo. "Desejo encontrar alguém romântico e honesto", por exemplo. Esse desejo pode ser tão forte que enfraquece a primeira percepção, que informa que aquela pessoa não tem nada de romântica nem de honesta, e passamos a vê-la como gostaríamos. Daí, a origem de tantas decepções.
Se esses galanteios banais e muitas vezes vulgares não lhe agradam, você pode estar diante de um homem que não irá agradá-la. Talvez ele esteja apenas tentando ser moderno, jovem, sei lá o quê, e perde a noção do que deve dizer a cada pessoa em especial. Diz a mesma coisa para todas as mulheres como se todas fossem iguais, o que já fala contra a sensibilidade e autoconfiança dele.
No mundo de hoje, como tenho dito, é melhor ser meio paranóica do que ingênua e passiva. Siga o seu "feeling"!
Abraços e felicidades.
Thaïs