Pergunta: Confiança e desconfiança
Dra. Thaís, parabéns novamente pela sua coluna. Espero que possa opinar sobre
meu caso.
Estou saindo há 2 meses com uma pessoa que conheci aqui. Nos falamos
diariamente até mais de uma vez por dia, nos vemos mais de uma vez por semana,
saimos juntos, temos intimidade física frequentemente, enfim, chega até a me
parecer um namoro, embora não tenhamos conversado sobre isso.
Sei que ele
continua a se conectar aqui no site com a mesma frequência de quando nos
conhecemos. Eu tinha decidido deixar as coisas rolarem e ver até onde nosso
contato iria chegar, já que estava me sentindo legal e as atitudes dele não me
pareciam estranhas.
A visita frequente dele ao site agora começou a me
incomodar e ao invés de ir conversar com ele sobre isso, armei uma armadilha,
procurando-o com um apelido diferente. Me arrependo disso. Ele respondeu a
mensagem com interesse, o que me decepcionou bastante.
Contei o que fiz,
determinada a romper o contato porque achei que se ele continuava tão
interessado e disponível em conhecer outras muheres é porque não estava tão
interessado em mim. Não senti que eu havia feito alguma diferença.
Ele se
esforçou muito em me convencer que não tinha agido legal, que dava muito valor
pro nosso contato e que não queria perder isso, por isso ficamos de ter uma
conversa pra reavaliar as coisas.
Ainda não tivemos essa conversa, mas com tristeza continuo a ver que ele
continua visitando o site. Sinto que perdi a confiança, porque falamos muitas
vezes em ser sinceros e transparentes. Não sei se estou sendo precipitada,
insegura ou cega.
Por favor me ajude.
Um abraço.
Resposta:
Olá!
Não posso lhe reassegurar sobre esse comportamento de seu namorado. No entanto,
você já deve ter lido sobre pessoas viciadas nesses contatos virtuais. E como
vício, torna-se incontrolável.
Ele pode estar gostando de você e não resistir à
compulsão de tentar conhecer e conquistar pessoas na net. Se é um mau caráter não
sei.
Estou atrasada para publicar um artigo sobre como detectar o tipo mau
caráter, sem chegar ao extremo de chamá-lo de psicopata.
Não é possível dar um
diagnóstico desses sem saber muito bem como a "vítima" se conduziu para provocar
essa ou aquela atitude no outro. Não me refiro a você, mas aos casos, em geral,
como esse que motivou meu artigo, baseado numa carta de uma usuária do site.
Não termine a relação a não ser que ele confirme por atos, na relação com você,
que não está tão interessado. Acredito que será capaz de perceber.
Um abraço,
Thaïs