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Perguntas e respostas de amor

Pergunta: Será que ele realmente se interessou por mim?

Olá, escrevo pra vocês porque não consigo entender uma situação que aconteceu comigo: conheci um rapaz que à primeira vista me pareceu interessante, me tratou muito bem como eu gosto de ser tratada no primeiro encontro. Ele me chamou muita atenção, senti uma atração imediata, tanto fisicamente como de atitude, pelo menos no início, me pareceu que ele também havia sentido isto. No final do encontro, nos beijamos ardentemente e ele ligou no mesmo dia até me cobrando porque o telefone estava dando caixa postal.

Bom, já antes de nos beijarmos ele disse que eu era muito pra ele, achei que ele estava me dispensando e perguntei, ele disse que não. A semana seguiu, ele estava viajando, mesmo assim me mandou mensagens e ligou algumas vezes, mas eu senti um certo distanciamento por parte dele como se ele sempre quisesse arrumar uma desculpa para me afastar. Comecei a pirar porque sentia isto mas não tinha dados concretos. Até que chegou o final de semana e ele teve que ficar com o filho de 9 anos, mas mesmo assim me convidou na sexta feira para ir até a casa dele com o filho. Pensei: Nossa, ele realmente está interessado! Mas chegando no sábado esperei que ele ligasse e ele só me mandou uma mensagem. Aí descompensei porque não consigo entender como um homem fala uma coisa hoje e amanhã tem um comportamento diferente: tão inconstante do tipo quer não quer ao mesmo tempo.

Agora pergunto: será que ele realmente se interessou por mim?  Ou será que estava me enrolando até encontrar algo do seu interesse no site? Vi várias vezes que ele entrou no site mesmo dizendo que queria ficar comigo!

Resposta: Não pergunte a um homem se ele a está dispensando.  Mesmo porque ele, dificilmente, lhe responderia a verdade.  Impossível saber o que se passou dentro dele depois que se beijaram ardentemente (sic).   É comum que após um primeiro encontro, quando um homem diz que vai viajar, isto não seja verdade.  Por algum motivo (não tente adivinhar) ele não quer um reencontro ou, pelo menos, não deseja um envolvimento maior, algo que o aproxime demais de você, a ponto de criar um vínculo mais forte.  Se de um lado, estranho que tenha ficado tão surpresa com a possibilidade de esse homem dizer uma coisa e fazer ou pensar outra,  de outro, me parece feliz, pois tudo indica que teve uma ótima experiência com a figura masculina, pois se habituou a não desconfiar dos homens, em geral, mesmo que tenha a impressão de que eles não estejam sendo verdadeiros, como aconteceu na situação que relata neste e-mail.

  Seria bom para você reexaminar esse tipo de relação pois os homens andam desconfiados das mulheres e não vão se abrindo com elas nos primeiros encontros.  Eles se desvendam aos poucos, quando a relação tem uma sequência.  Para descompensar com tanta facilidade precisa ter antes idealizado muito esse homem.  Os homens, como as mulheres, nem sempre são sinceros, pensam uma coisa e dizem justamente o oposto do que pensam, frequentemente.  A coisa mais comum no ser humano contemporâneo é nem sequer parar para pensar sobre as coisas.  Está cada vez mais fora de moda pensar.  As pessoas costumam imitar o que as outras fazem nessa ou naquela situação, comportam-se como ovelhas num rebanho.  Se esse homem souber o que quer, pode ficar certa, isso já é uma grande coisa!  Se ele não deseja compartilhar coisas mais íntimas com você, pense bem:  é um direito dele! Pense que homens e mulheres perdem muito tempo por serem infantis e não saberem muito sobre si mesmos e sobre a vida.  Por isso perdem tempo buscando um unicórnio, mesmo sabendo que não existe. Se deve partir para outra, não sei.  Mas deve tentar aprender com as experiências que vai acumulando ao longo da vida!

Abraços,

Thaïs

Respondido por

Dra. Thais Oliveira Psicanalista

36 anos de prática psicanalítica e 8 anos com grupos terapêuticos mistos em consultório particular; 6 anos de experiência com grupos de discussão; Formação em psicologia na PUC-Rio; Especialização em Psicologia Clínica, Formação psicanalítica e em Grupoterapia na Soc. de Psicanálise Iracy Doyle, Rio.