Resposta: Cidinha, gostaria de saber do que você se priva pelo fato de ser evangélica. É importante se perguntar por que associa seus insucessos sentimentais aos vínculos que mantém com sua religião. Se acha que os mesmos a estão prejudicando em suas possibilidades de ter uma vida amorosa bem sucedida, será necessário tirar isso a limpo e decidir o que é prioritário para você; verificar se as duas coisas são excludentes, ou se é você que não está entendendo bem algum ponto de sua religião. Você precisa, a meu ver, aprender a refletir sobre o que lhe dizem para poder chegar às suas próprias conclusões. Outro dia  mesmo, o cineasta e cronista Arnaldo Jabor, do jornal O Globo, escreveu um artigo muito interessante, que termina dizendo:  "(...) um bispo de Jesus, de terno e gravata na TV, estava clamando para uma multidão de fiéis: "Não tenhamos pensamentos livres, o Diabo é que os inventa!". É um direito seu seguir uma igreja evangélica, mas terá que ser coerente e obediente com o que ela prega.

Seria interessante também pensar em outras causas para o fracasso nos relacionamentos. Se é uma pessoa triste, desanimada, pessimista, preconceituosa etc., imagino que não seja exatamente a companhia que as pessoas, em geral, buscam. O ser humano atual sente-se estressado, compete muito e luta por empregos dignos e que lhe pague bem. Muitos andam deprimidos e sendo medicados para melhorar. Pode-se imaginar que a companhia ideal para eles seja aquela da pessoa alegre, batalhadora, que tudo faz para alcançar o que tem como alvo, sem ressentimentos nem tantas tristezas. Por que não procura um psicólogo para ajudá-la a se livrar dos obstáculos que já conhece e de outros, que talvez ignore? Aliás, por que esperou passar tanto tempo para pensar em sua vida amorosa?

Abraços,
Thaïs