Resposta: Não seria adequado discutir a profundidade de um sentimento como o amor, quando o que está em questão são fantasias sexuais. É quase incompatível com as modernas concepções do que seja viver e aproveitar a vida, porque "a vida é curta" etc. cumprir à risca a promessa de fidelidade. Antes, as fantasias raramente eram compartilhadas e permaneciam na cabeça de cada um, servindo apenas para apimentar o desempenho sexual dos que as tinham (aliás, mesmo os que não têm consciência de suas fantasias sexuais, as têm, reprimidas e inconscientes) e para aumentar o prazer. Hoje, com a liberação da sexualidade, não mais demonizada, as pessoas querem realizar, na prática, o que antes não se transformava em ato.

Se ela ainda o ama é impossível dizer. Pelo que relata, ela não ficou zangada e até foi conivente com você:  mostrou-se excitada. Parece que a perspectiva de sair da rotina de um casamento excitou, na verdade, os dois. O que importa é que vocês confiam bastante um no outro. Ninguém está traindo ninguém. Talvez o fato de precisar contar ao parceiro/a o desejo de viver novas experiências faça até parte da fantasia dos dois, a torne mais excitante. Do jeito que as mentes estão se abrindo e acatando tantas mudanças, só a infidelidade não basta para despertar fortes emoções, tanto no que é infiel, quanto no que é alvo dela. É preciso mais. O casamento aberto, dependendo de quem opta por ele, pode ou não conduzir ao fim do relacionamento. Digamos que um dos dois se apaixone por outra pessoa.  Na situação mencionada, as chances de isso acontecer são maiores. Se houver uma profunda e desconhecida insatisfação de parte a parte, é quase certo que a relação se rompa. Se for apenas um capricho, uma fantasia, uma infração para experimentar a sensação de liberdade, e, sobretudo, se houver amor entre os dois, o casamento resistirá, é claro.

Abraços,
Thaïs

P.S.:  Em seu perfil você diz que está a fim de um relacionamento sério e se posiciona como se fosse solteiro. As gordinhas que se cuidem!